terça-feira, 3 de junho de 2014

Pilates e a Bola


Pilates e bola
Algo que me chama muito a atenção desde que me formei  é o fato de que grande parte das pessoas associa o Pilates à bola. Já trabalhei em lugares onde a aula de Mat Pilates (solo) só poderia ser feita com a bola, pois se não, os alunos achavam que não era Pilates! Estes dias, ao gravar um programa de TV sobre exercícios, um dos produtores me falou: “Pilates é aquela bola, né?”. Intrigada com esse engano geral, resolvi  esclarecer sobre esse acessório.
 A Bola suíça, criada por uma fabricante italiana e pioneiramente utilizada por um fisioterapeuta suíço, é um instrumento de instabilidade muito eficaz tanto no tratamento de patologias e problemas motores, como no fortalecimento da musculatura em geral. Porém, para se obterem bons resultados, ela deve ser bem utilizada, no momento certo e da maneira certa. Por ser um instrumento de instabilidade, é um acessório avançado, não adequado para um iniciante na prática de Pilates. Para utilizar a bola, o praticante deve ter muita consciência corporal e um bom preparo da sua musculatura interna, de assoalho pélvico, abdome, o famoso Power House (vide artigo anterior), para que, com a desestabilização proporcionada por ela, não o faça “compensar” a falta de força,  na coluna ou em outras articulações. Se ele não tiver uma boa força muscular, certamente tentará se equilibrar usando as articulações e aí vem o risco de lesões e dores. É muito comum vermos aquelas aulas lotadas, com 15, 20 pessoas em cima da bola, o que gerou inclusive, essa associação do Pilates  a ela. Porém, será que todas essas pessoas estão realmente preparadas para fazerem essa aula? Fica a dica aos praticantes, para que tomem os devidos cuidados, procurem lugares confiáveis, conversem com seus instrutores, se informem sobre seu nível e progressão, para que a bola seja uma aliada dos treinos e não uma inimiga. 

por Roberta Monteiro